"É incrível o que apenas um raio de sol pode fazer pela sua alma."
Dostoiévski
Início de manhã. Ausência de sol.
Dostoiévski
Início de manhã. Ausência de sol.
Densas nuvens,
constante chuva.
Não consigo ver
o infinito azul do céu, aquele que me faz sorrir.
Precisei fechar
as janelas, ficar recolhida, mergulhada em devaneios que afugentam minha alma.
Essa ausência de sol me deprime. Não vejo flores, não ouço o contagiante canto
dos pássaros, não vejo borboletas no meu jardim.
Ah nuvens!
Quando vocês chegam, meu ânimo se vai. Não sei pra onde! Acho que ele vai ficar
com o sol. Se vocês o encobrem, o ânimo não tem como aparecer pra mim, penetrar
em mim.
Eu já estava
totalmente sem esperança de hoje ver o sol; acreditava que a chuva entregaria o
dia para a noite. Mas quando a tarde chega, inacreditável surpresa!
As nuvens se
espalharam fazendo pequenas aberturas por onde suaves raios do sol mostraram
sua sublimidade. Sol de fim de tarde: torna tudo especial. As árvores dançam de
mãos dadas com a brisa; nas pastagens reflexos de um fluorescente verde; os
pássaros cantam e saltam no ar; as flores exibem suas cores. Acho que vem uma
nova borboleta visitar esse jardim.
Ah! Ele também
veio: o ânimo.
Ânimo: alma.
Desânimo: sem
alma.
Quando as nuvens
chegam, o ânimo se vai; se vai a alma. Fica o desânimo. Fico sem alma. Não sei
pra onde ela vai. Acho que fica lá, acompanhando o sol além das nuvens...
Haliny
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