Elas
já anunciavam.
Tantos
dias de nuvens culminaram numa intensa tempestade.
Chuvas
torrenciais inundam meu jardim. Se eu não drená-la tanta água destruirá suas
flores.
A
enchente penetrou o corpo endógeno querendo afogar a alma. Para que ela não se
afogasse precisei drená-la.
Olhos
a escoar tresloucadas lágrimas.
Esta
alma, antes sufocada, agora já se sente mais aliviada, refrigerada.
Lágrimas
são curativas, acalentam a alma, desvanecem sua dor, desbaratam sua angústia.
Que
minha alma não as reprima; que permita que elas drenem as águas dessa sufocante
tempestade para que possa sentir a brisa da felicidade.
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