quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Tempestade

Elas já anunciavam.
Tantos dias de nuvens culminaram numa intensa tempestade.
Chuvas torrenciais inundam meu jardim. Se eu não drená-la tanta água destruirá suas flores.
A enchente penetrou o corpo endógeno querendo afogar a alma. Para que ela não se afogasse precisei drená-la.
Olhos a escoar tresloucadas lágrimas.
Esta alma, antes sufocada, agora já se sente mais aliviada, refrigerada.
Lágrimas são curativas, acalentam a alma, desvanecem sua dor, desbaratam sua angústia.
Que minha alma não as reprima; que permita que elas drenem as águas dessa sufocante tempestade para que possa sentir a brisa da felicidade.

                                          Haliny  

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