terça-feira, 18 de setembro de 2018

Asas da liberdade

Como é prazeroso dar permissão a si mesmo.
Inefável força de conseguir quebrar as grades que me cercam e sentir a brisa da liberdade.
Por toda a vida estive presa. Não me prenderam à força; deixei que me prendessem, me prendessem em suas vontades.
Mas agora descobri que essas grades estão envelhecidas pelo tempo. Este mesmo tempo que me faz crescer e tornar-me mais forte. Já não caibo mais dentro dessa gaiola. Ela tornou-se pequena para o tamanho que venho adquirindo. Minhas asas rogam por voar. E eu preciso deixar que elas voem mesmo que ainda não saibam já que o tempo de prisão não permitiu que elas aprendessem no tempo necessário. Minhas asas estão atrasadas, travadas. Mas aos poucos eu consigo movimentá-las. Eu as exercito, as alongo. Dou rasos voos em pequenos espaços. Acho que logo elas estarão prontas para partir e explorar o imenso céu.
Mesmo que eu tenha quedas, sei que estas me tornarão mais experiente me dando maior preparo para voos mais duradouros, me tornando ainda mais forte.
Dar liberdade a si mesmo é indescritível, é um mundo que não cabe em mim. Preciso sair, preciso voar, preciso cair.
Que eu caia por querer aprender a voar, do que morra por me deixar continuar presa.


                                                  Haliny  

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