Como
é prazeroso dar permissão a si mesmo.
Inefável
força de conseguir quebrar as grades que me cercam e sentir a brisa da
liberdade.
Por
toda a vida estive presa. Não me prenderam à força; deixei que me prendessem,
me prendessem em suas vontades.
Mas
agora descobri que essas grades estão envelhecidas pelo tempo. Este mesmo tempo
que me faz crescer e tornar-me mais forte. Já não caibo mais dentro dessa
gaiola. Ela tornou-se pequena para o tamanho que venho adquirindo. Minhas asas
rogam por voar. E eu preciso deixar que elas voem mesmo que ainda não saibam já
que o tempo de prisão não permitiu que elas aprendessem no tempo necessário.
Minhas asas estão atrasadas, travadas. Mas aos poucos eu consigo movimentá-las.
Eu as exercito, as alongo. Dou rasos voos em pequenos espaços. Acho que logo
elas estarão prontas para partir e explorar o imenso céu.
Mesmo
que eu tenha quedas, sei que estas me tornarão mais experiente me dando maior
preparo para voos mais duradouros, me tornando ainda mais forte.
Dar
liberdade a si mesmo é indescritível, é um mundo que não cabe em mim. Preciso
sair, preciso voar, preciso cair.
Que
eu caia por querer aprender a voar, do que morra por me deixar continuar presa.
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