quinta-feira, 2 de maio de 2019

Nostalgia outonal


“Meu sol de verão...
Pena que assim como a estação,
Chegará o momento da separação...”

E o outono chegou.
Harmônico, frio.
Ainda vejo ao longe, reflexos daquele sol em meio a nuvens alaranjadas. E pensar que há um tempo, não muito distante, ele me aquecia de uma forma...
Mas agora o verão findou, levando junto aquele ardente sol.
Ah! Quanta falta sinto do seu aquecer em mim, do seu brilho, da sua alegria.
Você partiu meu sol de  verão, deixando anelante minha alma. Meu corpo estremecendo com o frio que usurpa o lugar das chamas.
Sua partida ofuscou o brilho das minhas manhãs.
Coibiu  a diversão das minhas tardes.
Encobriu o desnudar das minhas noites.
Silenciou nossos falares.
Ah! Aqueles falares em meus ouvidos me faziam arrepiar...
Até o canto dos pássaros soam distante diante da sua ausência.
Outono: uma despedida triste. Essência da nostalgia.
Lembranças do que foi belo, quente e florido.
Sopro de uma brisa fria desvanecendo o calor.
O outono bateu na janela do  coração, adentrou a pele, envolveu a alma.
Ele começou em mim; prévia de um novo inverno
Daqui a pouco, minhas folhas secarão e cairão. O vento pra longe as levarão, a chuva lentamente as desfarão.
O vento levará as folhas secas: aquelas lembranças construídas com nossa vivência.
Triste é saber que enquanto eu sou outono, você continua sendo sol de verão, aquecendo outro continente, alegrando outro coração, desnudando outra alma.
E eu só...
Aqui almejando que novamente venha me aquecer e me leve junto a você.


                                                                                                  Haliny

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