No decorrer da
vida encontramos diversas pessoas. Com algumas simplesmente olhares a se
cruzarem, talvez um sorriso, quem sabe um bom dia. Nunca mais. Rostos com seus
mistérios.
Com algumas
pessoas nos identificamos, paramos para conversar, tomar um café. Pode ser que
fiquem pra sempre em nossa vida ou, talvez, apenas troca de contatos
inutilizados...
Já outras
pessoas param e por algum tempo ficam. Conversas, partilha de bons momentos,
mas chega um dia em que se vão. Ficamos entristecidos. Dolorosa saudade ao
perder uma boa amizade. Mas com o tempo vamos nos conformando e arquivando na
memória as boas lembranças. Vão para a lista dos arquivados que, de vez em
quando abrimos para relembrarmos os felizes ou até tristes momentos.
Lista que pode
ter amigos ou amores mal resolvidos...
Ah vida!
Contemporânea vida que não se satisfaz; quer ir sempre mais, se reinventa em
mídias sociais. Cria perfis, por vezes não reais – vida hipócrita. Entrelaça-se
em redes. Liga-se a outras virtuais vidas.
O mundo virtual:
real – irreal – surreal local onde também encontramos pessoas e com muitas nos
conectamos. Algumas apenas visualizamos, algumas curtimos, outras acenamos. Mas
há aquelas que nos interessamos, ou que por nós mostram-se interessadas.
Mensagens trocadas,
pausa para um café. Pode ser que seja apenas um “Oi. Tudo bem?”, ou uma
conversa que vá além. Gênese de amizades, até mesmo romances.
Romances...
Virtuais
romances. Para onde vão se não se
tornarem reais?
Algumas vidas
solicitaram a minha. Interessantes, aceitas. Reais que se tornaram virtuais;
virtuais que não se tornaram reais. Cada uma, uma história. Promessas que não
se tornaram realidade.
Visualizações,
curtidas, mensagens trocadas.
Expectativas,
encanto, esperanças frustradas.
Inconclusas falas.
Veio uma vida. Acenou
para a minha. Surgiu de surpresa. Envolveu-me em promessas. Felicidade. De repente
surgiu, de repente se foi... Para a lista dos arquivados. Veio outra. Linda,
suave. Agradáveis mensagens. Novas promessas, nova despedida: lista (mesmo que
jamais seja esquecida)!
Vi-me tão
envolvida com aquela vida que para superar sua ida, solicitei outras. Novas vidas,
outras conversas – que não me surpreenderam nem me tocaram, então, lista dos
arquivados.
Agora achei uma
nova. Despertou minha atenção. Solicitei, ela aceitou; acenei, ela respondeu. E
assim mensagens vamos trocando. Esta ainda está. Será que continuará ou será apenas
mais uma a ir para a lista...
...dos
arquivados?
Haliny
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